20130327

Quando a própria dor não dói




Regresso a uma espécie de estado de animal ferido. Olho as coisas com uma tristeza antiga e reparo que a dor não me espanta. Já quase nada me espanta e deve ser por isso que a própria dor não me dói.
Quando a própria dor não dói é muito provável que as próprias coisas comecem uma a uma a partir.  Como os amores de verão em pleno Fevereiro. Assim vão os meses e os calendários e os dias. Qualquer dia vejo partir os amores de Fevereiro em pleno Verão. Depois digo-te.




5 comentários:

  1. há tempos que aqui não comento mas vejo tudo, leio tudo, devoro...

    e depois não sei o que dizer que seja apropriado, que não soe ao giz a gritar no quadro...

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  2. Então escreve-me a giz no tempo das canetas de quadro branco? As minhas gastam-se ao fim de tentar escrever duas frases...
    :)
    Obrigado.Eu também não tenho deixado palavras das minhas passagens.
    um abraço

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  3. Podem partir, mas a porta fica aberta com o calço. Quando quiser, pode voltar a entrar novamente.
    ;-)

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  4. :)
    É verdade, Remus. Esquecemos que as portas tanto abrem como fecham...

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  5. Me gusta mucho esa puerta abierta... deja salir el dolor o nos permite escapar de él.
    Un beso

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