20110714

Crónicas dos dias perfeitos com portáteis

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Sempre escrevi com lápis ou canetas. Estas teclas pretas encantam-me. Martelam-me as palavras por causa da rapidez. Dominando mesmo que com algum desprezo inicial a coisa, elas começam a aparecer, uma a uma chegam, como as vagas, não me chateiam mais do que os pés de repente molhados pela subida da água na areia ou por me chamares.
Outra grande vantagem é andar com isto de um lado para o outro a ouvir música barroca, neste caso por causa da gravação e dos altifalantes é Chopin que sofre. Claro que gravo os nocturnos em todo o lado, como se escreve o nome dos amores nas árvores.
E agora paro de repente e fico a olhar para o que escrevi. E com um esgar meio parvo penso – perfeito. Mais uma narrativa aberta. Depois de um dia de merda.E ainda tenho energia para pensar no título - Crónicas dos dias perfeitos com portáteis.

1 comentário:

  1. Eu tirava os portáteis... O lápis ou a caneta é que transmitem a voz dos "dias perfeitos" quando o apelo de uma crónica chega até nós.
    Um beijo.

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