20110715
Exactamente por nada, e é-me impossível ser mais exacto.
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Eu tenho um problema, é que tenho cinquenta e dois anos e não tenho pressa.
Gostava mais de libertar coisas do que aprisioná-las. Oiço música barroca como quem come hóstias. As palavras já não me assustam e para dizer a verdade nem sei se verdadeiramente me interessam.
Conheço um dos alfarrábios mais loucos do mundo e no outro dia passei o tempo todo a tentar seduzi-lo com acepipes e vinhos mais ou menos raros para o convencer a levar-me aquilo que ele considera os meus crimes e eu acho coisas cheias de pó e infinitamente chatas.
À excepção de meia dúzia de parágrafos de Borges, tês linhas de Sophia sobre o mar, trocava tudo por nada. Exactamente por nada, e é-me impossível ser mais exacto.
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Eu sou um coleccionador de "lixo". Guardo tudo e dificilmente desfaço-me de algo. Por isso seria incapaz de trocar algo. Quanto muito poderia oferecer (trocar algo por nada), mas tendo a certeza que essa pessoa iria tratar a coisa tão bem como eu.
ResponderEliminarAté mesmo essas réstias de lus maravilhosas?
ResponderEliminar...de luz...
ResponderEliminarpalavras cheias de beleza e significado. no nada também se encontra.
ResponderEliminarBelíssima fotografia, sem dúvida. Mas não dispense as palavras. Entendo perfeitamente o que diz. Por vezes chateiam, é verdade, e deixam até de fazer sentido. Quando assim é mais vale hiberná-las. Só quando nos libertamos delas de vez é que depois iremos entender a falta que nos fazem. Procure o sentido do grego "logos". Nós somos isso.
ResponderEliminarJR