Nunca mais
volto a falar de como um dos meus sonhos era passar um fim de semana em Teerão.
Prefiro morrer
a ver-te quase chorar de cansaço, exasperada com os tratamentos e com as minhas
teorias.
Eu não gosto
de viajar. O acto físico da viagem incomoda-me enquanto decorre. Só o consigo
começar a viver algum tempo depois, quando assenta e se imobiliza como nos
filmes mudos dentro de mim.
Um fim de
semana em Teerão é o prazer antecipado dessa acção congelada pela sua própria
natureza. Simultaneamente decorrendo e já antiga.
Por outro lado troco Proust por Pedro Paixão.
Já vês.
e eu é que escrevo coiso e isso...
ResponderEliminar(e não, não é uma troca de galhardetes. nem podia que eu só tenho um bandeirola desbotada...)
Muito belo. Parabéns.
ResponderEliminarUm abraço
Incrível como as sombras se tornam tão insólitas, sem um único contorno que se possa delinear, absorvendo as formas que a luz acidentalmente expõe aos nossos olhos. Um contraste que, de certo modo, nos aflige. Como se a forma acidental pudesse ser qualquer forma (inanimada ou não) e assim sumisse, perante os nossos olhos, num único trago de sombra. Gostei! Já tinha saudades de o vir visitar.
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