20120718

Dance, Manoel, volte a dançar que o resto é nada




Estava a pensar naquela vez em que me apeteceu fumar um charuto e fomos ao bar exterior do Hotel Porto Santo onde um pianista quase solitário tocava temas vagamente jazzísticos de viagem de cruzeiro e um casal se levantou e começou a dançar. Fiquei imenso tempo a olhá-los, fascinado. Quando me disseste como se soubesses de um tesouro que reparasse melhor e percebi quem eram, nunca mais os filmes, certos filmes, foram os mesmos. Casablanca foi um dos mais atingidos. Manoel de Oliveira dançava com a esposa como se o mundo se suspendesse. E eu, que tinha acabado de chegar à ilha não havia três horas, às onze e meia de uma noite cálida, tive o privilégio nunca mais repetido de o ver efectivamente por momentos suspender-se.

5 comentários:

  1. Preciosos colores y textura!! me gusta mucho!!

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  2. O Manoel vem para casa e o Hermano disse-nos adeus...

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  3. São uma espécie de paisagens interiores,Laura. Gracias. :)

    Perdemos sempre...é o que é Remus :(

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  4. Fascinada com este quadro. Como se o tivesse visto. Muito obrigada.

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  5. Obrigado também. Essa sensação,parafraseando Sophia,talvez se deva a que metade das nossas almas seja também de maresia... :)

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