fotografia de Alberto Lopes
Há uma altura precisa, mais pequena do que um momento, em que cedes à vertigem, ou és tu a própria vertigem de um fluxo que te suga e leva. É por isso que deixas de ouvir e, mais estranho ainda tratando-se de uma fotografia, de ver. É nesse momento preciso que a imagem que depois vemos nasce. Claro que Alberto Lopes fotografa catedrais como quem fotografa a parte invisível das conchas, mas o que ele na verdade regista não são apenas esses edifícios já de si notáveis mas sobretudo essa perda de gravidade que sente no seu seio como quem segue um veio para dentro de si próprio.
a fotografia é bela, sem dúvida.
ResponderEliminara legenda é impressionante pois acerta na descrição da sensação que causa tal observação, em tal ângulo, em qualquer templo que se preste ao infinito, como uma catedral, ou uma concha...
que belo conjunto, meu amigo.
:)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarGostaria de agradecer a sublime legenda da minha fotografia. Palavra e imagem fundem-se para exprimir o indizível. A matéria permite que a luz inunde um espaço dedicado à contemplação...
ResponderEliminarMomento único.
:)
ResponderEliminarObrigado também.
Um abraço
Agarram-me cupulas, naves, tectos de caixotão... Fotografo-as de catedrais e antigas bibliotecas. Num caso e outro iluminam a alma.
ResponderEliminarBela foto e "legenda", perfeita comunhão.
Um trabalho fotográfico fantástico, a luz nestes locais é linda mas muito difícil de agarrar, excelente a tua legenda.
ResponderEliminarParabéns aos dois
E por que não dizer também «para fora de si»?
ResponderEliminar...porque até o olhar volta para dentro...como um rio...
ResponderEliminar:)
Em suma, uma bela fotografia com um belo texto.
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