JMV, pareceu-me bem dedicar-lhe este poema do Miguel Torga, um humanista. Espero que goste tanto como eu gostei da sua fotografia. Captou como poucos as singularidades de cada um... Viagem
Aparelhei o barco da ilusão E reforcei a fé de marinheiro. Era longe o meu sonho, e traiçoeiro O mar... (Só nos é concedida Esta vida Que temos; E é nela que é preciso Procurar O velho paraíso Que perdemos). Prestes, larguei a vela E disse adeus ao cais, à paz tolhida Desmedida, A revolta imensidão Transforma dia a dia a embarcação Numa errante e alada sepultura... Mas corto as ondas sem desanimar. Em qualquer aventura, O que importa é partir, não é chegar. (Miguel Torga)
Ci.,sei que não acha estranho associar esta fotografia às suas viagens...afinal ambas tratam da mesma coisa...maresias interiores...
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JMV, pareceu-me bem dedicar-lhe este poema do Miguel Torga, um humanista. Espero que goste tanto como eu gostei da sua fotografia. Captou como poucos as singularidades de cada um...
ResponderEliminarViagem
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
(Miguel Torga)