Delonga-se o olhar calmo ante sublime e suave fotografia Olho-a mais que uma vez. Duas, três, e nela vejo o mar uma risca de mar ao fundo da muralha de onde o meu olhar se detém desfocando-o no infinito apoiado sobre o muro do tempo que me acolhe gesto na imagem. Há uma marca de ferro que subsiste nesse correr do tempo, deitada e imóvel nela se figuram e se contrapõem em repouso centenário as crateras suas irmãs, como dois continentes que se religam a uma crista dorsal oceânica que lhe serve de origem. Aí adormeci, esperando na praia salgada a visita das ondas de um mar de imagens serenas em silêncios de espuma, num vai e vem de memórias que como uma fotografia, capto subtilmente, recolhendo daí todas as ideias de vazio que existe entre mim e as paisagens da minha alma, em tão amplo encontro com o indizível dessa serenidade.
desculpa-me a extensão desta praia, a alma das imagens aproaram-se sobre o pano das velas, e a barca do pensamento deslocou-se até ao rumo dos oceanos onde a contemplação se imortaliza.
Delonga-se o olhar calmo ante sublime e suave fotografia
ResponderEliminarOlho-a mais que uma vez.
Duas, três,
e nela vejo o mar
uma risca de mar ao fundo da muralha
de onde o meu olhar se detém
desfocando-o no infinito
apoiado sobre o muro do tempo
que me acolhe gesto na imagem.
Há uma marca de ferro que subsiste nesse correr do tempo,
deitada e imóvel nela se figuram e se contrapõem em repouso centenário as crateras suas irmãs,
como dois continentes que se religam a uma crista dorsal oceânica que lhe serve de origem.
Aí adormeci, esperando na praia salgada a visita das ondas de um mar de imagens serenas em silêncios de espuma, num vai e vem de memórias que como uma fotografia, capto subtilmente, recolhendo daí todas as ideias de vazio que existe entre mim e as paisagens da minha alma, em tão amplo encontro com o indizível dessa serenidade.
desculpa-me a extensão desta praia, a alma das imagens aproaram-se sobre o pano das velas, e a barca do pensamento deslocou-se até ao rumo dos oceanos onde a contemplação se imortaliza.
muito bonita esta imagem amurada.
Abraço fraterno, José.
ângulo e título,
ResponderEliminarambos poderosos!
fotógrafo imenso em sensibilidade.
grande abraço!
Muito obrigado,Betina.:)
ResponderEliminarRui,adorei ler o que escreveu.É um texto belíssimo e um privilégio.Obrigado.
um livro que nos lê, portanto...
ResponderEliminarbeijinho*
Sempre os livros.
ResponderEliminarEste também é genial.
Nao sei se me sinto mais fascinada pelas imagens que captas se pelos titulos que crias :) . Parabens!
ResponderEliminarGrande título, que inveja. Casa com a imagem na perfeição. Casamento talhado no céu.
ResponderEliminarE o que conta esse livro.
ResponderEliminarA história tem um final feliz?
Boa associação de ideias.
Livro mesmo, de fio marcador a meio, em cujas páginas expostas se registaram as muitas marés. Livro de viagens, portanto.
ResponderEliminarExcelente o título, sim.