20120429

“Houve um dia, creio que se tratava de uma tarde de Abril, fria como as deste ano, em que percebi que tinha envelhecido sem remissão.” (*)

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Decidi então que a cada vez que ia ter contigo o faria como quem entra dentro de uma pintura de Costa Pinheiro. Prefiro que isso aconteça num quadro de um pintor que gostes. E assim faço quando te visito. E assim é. As maresias caiem bem a ambos, e nem sequer é por motivos diferentes. 

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(*) Título tirado deste excelente texto o-mes-de-abril-que-nao-regressa 
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2 comentários:

  1. houve um dia em que me cruzei com um rapariga que achei bonita e a quem lancei um olhar assim mais demorado ou atrevido a querer fazer passar por sedutor... a rapariga passou por mim como se eu fosse invisível ou parte da paisagem ou mobiliário urbano, nem foi desdém nem nada, foi mesmo através de mim, como se eu fosse transparente. ainda por cima reparei que, quem me devolvia o olhar, era a mãe dela que a acompanhava...
    e percebi que tinha envelhecido sem remissão.

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  2. Isso é um assunto muito sério… é preciso ver o tipo de mãe (austera, dominadora, ridícula, a querer parecer da mesma idade da filha,etc,etc), o piso, não se vá tropeçar e dar um estampanço, o nível cultural, para se saber se se leva debaixo do braço a “Caras” ou um livro e, se sim, se é do tipo Virgílio Ferreira ou Margarida Pinto…. É pá, uma trabalheira….
    Mas sim, falando mais a sério, sei o que é ficar transparente, que é um estado entre o corpóreo maximus e o invisível.
    :)

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