20110121
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Esta postagem nasce de uma ferida. Não sei quando irá sarar.
Recoloco aqui um texto não muito antigo e dedico-o a uma das pessoas que o habita. Chama-se Isabel, foi um dos grandes amores da minha vida há muito tempo e deixou-nos terça-feira aos 52 anos por uma tristeza que lhe crescia sem que ninguém a conseguisse parar.
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Todas as raparigas que amei nunca mais as deixei partir da minha vida. Algumas nem devem ter reparado que eu existia.
São todas jovens espigas de trigo à maneira helénica. Tenho por hábito fechar os olhos de tempos a tempos e vê-las. Sem elas nunca teria crescido. Devem ter envelhecido como eu. Sento-me à sombra de um templo esquecido pelas multidões e sorrio. Sinto-me tão bem aqui, penso. Acho que dentro de mim elas se transformaram em colunas gregas.
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...não posso deixar de pensar que o poeta é um fingidor... mas talvez não.
ResponderEliminarComo sempre, gosto, gosto muito de ler o que escreve.
Gostava de lhe mostrar uma descoberta nova para mim, um excerto do livro de Eduardo Sá, um pedaço que eu gosto muito:
http://linhas.nobolso.net/recortes/o-cdp#respond
o meu abraço.
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